terça-feira, 17 de novembro de 2009

SUA VIDA. QUEM DECIDE?

A mensagem que quero deixar neste artigo é simples. Se você não decidir sua vida, alguém vem e decide por você. Vou usar as palavras condução, condutor, conduzir e conduzido no sentido de quem tem o poder de decisão e de quem está apenas cumprindo as decisões alheias em sua vida.

Nascemos dependentes. Logo, não há ser humano que nunca foi conduzido. Porém, mesmo bebês, já somos obrigados a mostrar algum descontentamento com as decisões tomadas em nosso nome. Quando sentimos fome, estamos com dor, estamos sujos, ...

A vida é uma sequência interminável de relacionamentos pessoais e profissionais. Cada relacionamento é uma oportunidade para conduzir ou de ser conduzido. Na verdade estamos conduzindo e/ou sendo conduzidos. E essas dependências nos relacionamentos acontecem de forma simultânea. Ao mesmo tempo somos condutores e conduzidos. Quanto mais dependente o individuo for, mais conduzido será.

Conduzir, ou ser conduzido, é suficiente para considerar a vida boa ou má? A resposta é não. O ser humano pode, por preguiça, por indecisão ou por qualquer outro motivo, entregar, ou ser obrigado a entregar, o poder de decisão de parte de sua vida para terceiros. A moral, o caráter, do condutor será fundamental para a vida dessas pessoas. Eu prefiro ter o poder de decisão. A vida é minha. Significa que vou decidir tudo em minha vida? Não. Há acontecimentos incontroláveis na vida de qualquer um. Há decisões em nossa vida que apenas refletimos um acontecimento, uma situação pessoal ou profissional.

Voltemos um pouco ao conduzir ou ser conduzido. Em qualquer relação humana o eu é muito forte. O que significa que o condutor vai olhar primeiro o seu caso e depois o caso dos demais. Essa relação pode mudar se for entre pai/filho e/ou mãe/filho. Nesse tipo de relação, embora possa haver exceções¸ os meninos de rua estão aí para provar, é mais fácil, os pais abrirem mão do eu em benefício dos filhos. Ainda que não abram mão, a condução em sua maioria terá como objetivo conduzir os filhos para algo bom.

Há quem confie o poder de decisão para o destino. Dizem: o que tiver que ser será. Acho isso um erro. É como acreditar que um barco a deriva vai levá-lo à praia. Pode acontecer, mas a probabilidade maior é que o barco o leve para alto mar. A vida é uma viagem única. Sem volta. Portanto, é um risco muito grande entregá-la ao destino ou delegar a outrem a elaboração do roteiro dessa viagem. O termo: sem volta, retro mencionado, não tem nada haver com religiosidade.

A questão: conduzo ou sou conduzido? Em sua maioria não é uma decisão pessoal. Se você não decidir sua vida? Alguém vai decidir por você. Você será empurrado para objetivos que tendem mais a beneficiar o condutor do que a beneficiá-lo. Você pode até alcançar algum objetivo. Ficar satisfeito. Mas, no frigir dos ovos, você terá sido apenas o meio para alguém alcançar os próprios objetivos.

Há momentos na vida onde seremos obrigados a escolher a opção menos pior (Lula ou Fernando Henrique? Risos). Há momentos que a decisão nos chega formatada. É pegar ou largar. Há momentos que somos levados no turbilhão das emoções. É comum nessas ocasiões perdermos a racionalidade. Empacamos ou desembestamos em debelada carreira ladeira abaixo. Há momentos onde a única opção é engolir o sapo. Há momentos onde as opções são todas maravilhosas.

Sejam as opções maravilhosas, péssimas, controversas, irracionais, emocionais. Não esqueça. É sua vida. Logo, não improvise, não delegue a quem quer que seja a elaboração do destino e o roteiro de sua viagem. Você é o responsável e principal beneficiário dessa jornada. Assuma a condução. Em caso de dúvida recorra a seus pais. Recorra a outros conselheiros. Busque informações novas/complementares. Porém, nunca abdique da decisão.

Aonde chegar? Como Chegar? Quando Chegar? É responsabilidade sua. É sua vida. É a razão do seu existir.

Vehio.

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